quarta-feira, 15 de junho de 2011

                                                                                      
                                                            Elegia ao desengano   
  
Ria-se o riso incontrolável
Do degredo que espreitáva-me.
Gordo já era o demônio (...)
Tísica a minha felicidade.

Incontáveis foram os saidos da caixa;
Eu, porém , voltava ao cárcere.
Abri meus olhos às paredes de Pandora;
Solucei na escuridão que hospedáva - me.

Demasiado tarde, nada etéreo!
O demônio pesa-me nas costas;
E dentro da caixa de Pandora...
Cerrei a alma para sempre!

5 comentários:

  1. gostei muito desse texto, e quando vi o titulo, pensei logo que seria da Clara, pela criatividade já expressa a partir daí. temos em nós, demônios que arrebatam nossa alma - o orgulho, a falta de perdão e humildade, o desamor - o conhecimento mal usado - a caixa de pandora - e os segredos do universo - a mesma caixa - pode se transformar no pior demonio - o castigo - que se pode ter. alma minha, alma sua, alma nossa, cuidai e vigiai para que nao sejamos enganados por nós mesmos... beijos clara!!

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  2. Está aí o perigo em perde-se.
    Abnegamo-nos a nós mesmos e nossa alma permanece desolada. No solipso enredo sem personagens, adiantamo-nos ao desespero. Ato de entrega, de desistência. Lá vamos nós, para nossos cárceres, nossas fagulhas internas. Nos trancaremos na caixa de pandora. Esconderijo latente de uma alma flácida!

    Suas palavras são um encanto, poesia ácida a latejar por dentro, como um vulcão prestes a entrar em erupção.
    Abreijos;

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  3. Talvez esse tipo de curiosidade seja um male, uma vez que aberta a caixa de pandora o regresso será impossível! Mas, eu disse talvez.

    Linda interpretação!

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