quarta-feira, 27 de abril de 2011

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Amor não é amor
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Pro aperto de nossas almas (quando estamos juntos) não existe um nome; duas bocas se dizem, ainda que em silêncio, mas não ensaiam abraços. O riso é natural, porque a poesia do encontro também o é. E as paredes do “nós”, sob o escuro seu, sob o escuro meu, estão amanhecendo (amanhecerão sempre)...


Movimento puro

A palavra do outro, medo,
não é palavra, não é cedo.
Alguns livros. Alguns lírios...

A palavra do outro, coragem,
não é palavra, não é tarde.
Alguns lírios. Alguns livros...

A palavra do outro sou eu.
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terça-feira, 26 de abril de 2011


Virgindade...


Ontem aconteceu uma coisa maravilhosa comigo. Até então eu era virgem.
Eu sei que isso é muito íntimo, e acredite não é algo ímpeto.
Conheci-a ontem mesmo, conversamos muito... Ela contou-me várias de suas proezas amenas, fiquei estonteante diante de suas palavras.
A cada gesto, a cada conto, a cada troca de olhares ela me abduzia para seu mar de beleza. Foi estupendo.
Levei-a para minha casa. No meu quarto precipitemos, talvez, a enlouquecia do prazer. Debruçamos nos lençóis. Mergulhei.
Aquele corpo com formato sedutor, que regozijo, fez-me sentir déspoto de tal beldade.
Estava obstinado, seria naquela noite em que minha inocência brincaria com a luxúria – pensei.
E ela brincou, e a luxuria devorou-a.
A voluptuosidade das emoções nos abraçava e a voracidade de nossos movimentos insaciáveis me levou ao delírio.
Gozei! Ô prazer... Era noite, a lua não mais me cevava... Eu não estava satisfeito daquele deleite.
Por incrível que pareça o sono intenso nos enforcou. Desmaiemos.
Pela manhã, quando acordei, Ela já tinha ido embora, percebi que não sabia seu nome o êxtase daquela noite não me deixou prestar atenção nesse detalhe.
Hoje, tenho plena certeza de apenas uma coisa: aquele livro se tornou minha eterna amante. Foi amor à primeira leitura!

sábado, 23 de abril de 2011

Carta de um Africano anônimo


Meu irmão branco...

Quando nasci, eu era negro;
Quando eu cresci, eu era negro;
Quando eu vou ao sol, eu sou negro;
Quando estou com frio, eu sou negro;
Quando estou doente, eu sou negro;
Quando estou com medo, eu sou negro;
Quando eu morrer, eu serei negro;

E você homem branco...

Quando você nasceu, era rosa;
Quando você cresceu, era branco;
Quando você vai ao sol, fica vermelho;
Quando você fica com frio, fica roxo;
Quando você fica doente, fica verde;
Quando você está com medo, fica branco;
Quando você morrer, ficará cinza;

Depois de tudo isso homem branco, você ainda tem o topete de me chamar de homem de cor?

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Bem-vindos


   Eu gostaria de inaugurar o blog desejando um doce BEM-VINDO!
   Aqui será um espaço para que nós, acadêmicos do primeiro período do curso de Letras Vernáculas da Uneb, possamos publicar idéias, textos, cartas, poemas, poesias, contos, piadas, resenhas, resumos, frases, pensamentos e devaneios em geral. Também servirá como um meio de comunicação, uma forma de nos mantermos mais próximos.
   Bem, sem mais delongas. Outros esclarecimentos sobre o blog, título e afins nos será publicado numa página do mesmo pelo nosso colega Diego- encarregado de tal função- até o dia 24/04/2011. Até lá, toda a estrutura do blog estará sujeita a modificações pelos integrantes- que não são poucos- do mesmo.
   Alguma dúvida? Caso apareça alguma é só entrar em contato com um dos já integrantes do blog, as informações para contato estarão na página “Encontre-nos”.  No mais é isso. Sintam-se à vontade. O blog é de vocês. 

Jay!

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