Contemplar-se-á do azul, tranquilidade irrequieta;
Contemplar-se-á do verde, esperança fraca e claudicante;
Contemplar-se-á do amarelo – vivo, energia morta;
Laranja, roxo, vermelho, branco , arco – íris;
Desintegração, ultraje , arrebatamento...
Pouco importa: são iguais e diferentes.
Espelho negro que projeta aquarelas na tela,
Esconde âmago destroçado às claras de dor.
Frida Kahlo, brava mulher!
Frida Kahlo, força inexorável!
Frida Kahlo, pés trocados por asas!
Pois que a existência pelo destino implacável
Não a impediu de pintar a própria realidade.
Uma rosa feita de admiração não lhe seja dada em vão.
Receberás muitas outras corporificadas em versos
Frida, meu pobre veadinho ferido.
* Em homenagem a Magdalena Carmen Frieda Kahlo y Calderón, pintora e revolucionária mexicana, a quem devo meu "desvirginamento" para a vida (...) tal como ela é .
-Maria Clara Aquino.