quinta-feira, 23 de junho de 2011

A minha morte

Em uma manha fria
O coveiro cavava a terra úmida
Alguns transeuntes observavam,
Calados e serenos.

Chegou a hora.
É agora!
Arremessaram a cápsula de madeira no vácuo,
Lama sobre mim.

Minutos depois não deu mais
Fui acometido por um ataque de claustrofobia
Já era meia noite quando minhas mãos surgiram do chão do cemitério

Dei alguns passos como se fosse um zumbi daquele clipe,
O coveiro me olhou e disse:
- boa noite.

3 comentários:

  1. Nem sempre é preciso parar de respirar para estar morto. Há dias, que as vezes duram mais do que deveriam, em que estamos mortos. Não foi o corpo que morreu, mas também já não existe mais tanta vida nele.

    Poema de dar calafrios, Rs.
    Muito bom Alê!
    Beijos.

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  2. Condordo com a Jaynne.
    E me deu calafrios realmente rs.

    http://comoumrefugio.blogspot.com/

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  3. Alexandre, tu se fez de morto? hehe, brincadeira.

    Seriam estes sepulcros os dias perdidos, sem razões, como se estivéssemos mortos? Acho que sim, e no final do dia só restam as palavras de "BOA NOITE".

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